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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ruptura matrimonial, nova causa da pobreza.



"A Igreja não quer impor aos não crentes suas perspectivas, mas iluminar e despertar as consciências com a verdade."









* Ruptura matrimonial, nova causa da pobreza.
Pe. John Flynn, LC

 
O Departamento de Censo dos Estados Unidos divulgou, no dia 16 de setembro, os últimos números sobre renda e pobreza. Segundo o informe, o índice oficial de pobreza nos Estados Unidos, em 2009, era de 14,3%, acima dos 13,2% de 2008.

Em números concretos, isso elevou, em 2009, a 43,6 milhões de pessoas em estado de pobreza, em comparação com as 39,8 milhões de 2008.

A nota de imprensa observou que foi o terceiro aumento anual consecutivo.

O limiar oficial de pobreza para uma família de 4 membros, em 2009, era de 21,954 dólares. Algumas reportagens da imprensa sobre os dados indicaram que os números do Departamento de Censo só levam em consideração as entradas monetárias e o número dos considerados pobres seria de vários milhões a menos se não levassem em conta outros benefícios.

Não há dúvida de que um importante fator no aumento da pobreza foi a recessão econômica. No dia 20 de setembro, o National Bureau of Economic Research declarou que a recessão começou em dezembro de 2007 e terminou oficialmente em junho de 2009. Trata-se da recessão mais longa dos Estados Unidos desde o final da 2ª Guerra Mundial.

Outro documento, divulgado no mesmo dia que o informe do Departamento de Censo, destacou uma importante causa de pobreza que costuma ser esquecida: a ruptura matrimonial. “Marriage: America’s Greatest Weapon Agaisnt Child Poverty” (Casamento: a melhor arma americana contra a pobreza infantil) foi escrito por Robert Rector e publicado pela Heritage Foundation.

“O casamento continua sendo a arma mais forte contra a pobreza na América do Norte; ainda assim, continua diminuindo”, afirmou Rector.

Pais solteiros

Segundo os dados do Departamento de Censo dos Estados Unidos referentes a 2008, o índice de pobreza para os progenitores solteiros com filhos nos EUA era de 36,5% – um dado interessante, se comparado com os 6,4% dos casais casados com filhos. Assim, crescer em uma família casada reduz 80% da probabilidade de que uma criança viva na pobreza.

Rector admitiu que algumas destas diferenças consistem no fato de que os progenitores solteiros têm em geral uma preparação educativa inferior que os casais casados. Inclusive assim, quando os casais casados se comparam com os progenitores solteiros com o mesmo nível de educação, o índice de pobreza dos casados é ainda 75% inferior.

O estudo observou, além disso, que infelizmente o casamento está diminuindo com rapidez nos Estados Unidos. Durante a maior parte do século XX, quase todas as crianças nasciam de casais casados. Assim, quando o presidente Lyndon Johnson lançou a Guerra contra a Pobreza, em 1964, 93% das crianças nascidas nos EUA vinham de casais casados.

Nos anos seguintes, houve uma mudança espetacular na situação. Em 2007, somente 59% dos nascimentos da nação eram de casais casados.

Rector também comentou que não devemos pensar que este fenômeno se deve sobretudo a gravidezes e nascimentos adolescentes. De fato, em 2008, somente 7,7% dos nascimentos que aconteceram fora do casamento nos EUA eram de mulheres menos de 18 anos; 75% deles eram de mulheres adultas jovens entre 19 e 29 anos.

“O declínio do casamento e o crescimento dos nascimentos fora dele não são um assunto de adolescentes; são o resultado da ruptura de relações de homens e mulheres adultos jovens”, afirmou Rector.

Em geral, as famílias monoparentais abrangem um terço de todas as famílias com filhos, mas 71% das famílias pobres com filhos são monoparentais. Em contraste, 74% de todas as famílias não pobres com filhos são de casais casados, observou o estudo.

A transformação massiva a famílias monoparentais também significou um grande custo para as finanças públicas. Segundo Rector, o governo federal leva adiante mais de 70 programas de bem-estar que proporcionam ajuda às pessoas com baixos recursos. No ano fiscal 2010, o governo federal e os governos estatais gastaram 400 bilhões de dólares em recursos para famílias com filhos e baixos recursos, afirmou. E cerca de 75% desta assistência, isto é, 300 bilhões de dólares, foram destinados a famílias monoparentais.


Diferenças

Dois fatores influenciam a probabilidade de que uma família seja monoparental: a etnia e a educação. O índice de nascimentos extraconjugais (o número total de nascimentos fora do casamento para as mães de um grupo dividido por todos os nascimentos do grupo durante o mesmo ano) para toda a população foi de 40,6% em 2008. No entanto, entre as mulheres brancas não hispanas foi somente de 28,6%; entre as hispanas, este número quase dobrou (52,5%); e entre negras, foi de 73,3%.

Outro fator é a educação. “Os EUA estão se dividindo em um sistema de duas castas, com o casamento e a educação como linha divisória”, comentou Rector.

Em 2008, nasceu nos EUA, fora do casamento, 1,72 milhão de crianças. A maioria delas nasceu de mulheres adultas jovens com estudos do Ensino Médio ou inferiores. De fato, mais de 60% dos nascimentos de mulheres que haviam abandonado o Ensino Médio aconteceram fora do casamento. Em contraste, entre as mulheres com pelo menos um título universitário, somente 8% dos nascimentos aconteceram fora do casamento.

“Para combater a pobreza, é vital robustecer o casamento; e para robustecer o casamento, é vital que se dê à população de risco uma compreensão clara e efetiva das vantagens do casamento e dos custos e consequências da maternidade extramarital”, concluiu Rector.

Outros países

Os EUA não são o único país que teve um grande aumento na maternidade extraconjugal. Segundo a agência de estatística europeia (Eurostat), o número de filhos nascidos fora do casamento nas 27 nações da União Europeia dobrou durante as últimas duas décadas, segundo informou o New York Times em 9 de setembro.

Em 2008, 35,1% dos nascimentos aconteceram fora do casamento. Há menos de 20 anos, em 1990, eram somente 17,4%. Segundo a Eurostat, todas as nações da União Europeia, exceto a Dinamarca, experimentaram um aumento.

No começo deste ano, um informe sobre o índice de casamentos na Inglaterra e País de Gales anunciou que se casaram menos pessoas desde que se começou a recolher informações, em 1862, segundo o jornal Independent, em sua edição de 11 de fevereiro.

Diminuíram tanto os casamentos no civil como os religiosos. Estes últimos somam apenas 30% de todos os casamentos.

Pela primeira vez, menos de uma de cada 50 mulheres solteiras se casou em 2008, observou o artigo. Houve 232.990 casamentos na Inglaterra e País de Gales – 35 mil a menos que na década anterior.

Mais ao Norte, na Escócia, a situação não é melhor, como informou um artigo de 12 de março. No ano passado, houve somente 27.524 casamentos – o número mais baixo desde 1893.

Um porta-voz da Igreja Católica na Escócia criticou o governo britânico por não dar mais incentivos econômicos aos casais para casar-se, de maneira que o casamento seja economicamente mais atraente.

“Infelizmente, este governo penalizou o casamento por meio de um sistema de impostos que contribuiu para a atual crise”, declarou ao Scotsman.

À luz destas estatísticas, não foi uma surpresa ler uma reportagem publicada em 25 de junho no jornal Daily Mail, do Reino Unido, sobre o fato de que quase 1 de cada 3 filhos vive sem seu pai ou sua mãe.

Segundo uma análise dos dados do Departamento Nacional de Estatísticas, 3,8 milhões de filhos vivem sem um dos seus pais biológicos porque têm uma mãe solteira ou seu pai ou sua mãe abandonou o lar. Representam 30% de todas as crianças.

Há 2,7 milhões que vivem com a mãe solteira de 200 mil só com o pai. Outras 500 mil vivem em famílias de adoção em coabitação, e 400 mil em famílias de adoção casadas. Seu número subiu para 600 mil desde 1999.

Em seu discurso de boas-vindas, em 13 de setembro, ao novo embaixador da Alemanha, Bento XVI expressou sua preocupação pelo enfraquecimento do conceito cristão de casamento e de família. Uma característica central deste é que o casamento é uma união duradoura e permanente dos esposos.

Os modelos alternativos de casamento e de vida familiar levarão a uma confusão de valores na sociedade, advertiu o Papa.

É óbvio que este dano ao bem comum da sociedade traz consigo também o alto custo econômico para milhões de adultos e crianças.



Nossa senhora Aparecida, Mãe e padroeira do Brasil!



Um pouco de história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida...







Em 1717, na cidade de Guaratinguetá, Estado de São Paulo, Brasil, após várias horas pescando sem resultados, três pescadores retiraram do rio Paraíba o corpo de uma imagem sem cabeça.

Em seguida, lançada a rede novamente, encontraram a cabeça da imagem. Surpresos, lançaram a rede pela terceira vez e a pescaria foi tanta que puderam encher suas canoas.

Esses três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.

A imagem foi levada, a princípio, ao oratório de sua humilde casa, e diante dela realizavam suas orações. E desde aquele tempo Nossa Senhora começou a fazer milagres ali devido à crescente devoção do povo.

Em 1745 foi construída uma capela no morro dos coqueiros, que margeia o Paraíba e uma missa foi celebrada. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.

Em 1888 a antiga capela foi substituída por outra maior. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora Aparecida, e em 1908, o santuário foi elevado à dignidade de Basílica pelo Papa.

Em 1930, o Papa Pio XI, proclamou Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Em 1967, no aniversário de 250 anos de devoção, o Papa Paulo VI ofereceu a Rosa de Ouro ao Santuário Nacional inteiramente dedicado à Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.



Um pouco do exemplo de Maria para nós que somos Igreja de Cristo...

Hoje, dia de Nossa Senhora Aparecida e padroeira do Brasil, quero ressaltar algumas das inumeras virtudes que Maria tem e que nos ensina a vivê-las também. Pois o devoto da Virgem Maria é aquele que toma a decisão de viver as virtudes dela. Para dizer que ela é modelo de como ser Igreja:
Mulher do silêncio: Precisamos aprender com Maria a silenciar o nosso coração de todas as agitações do mundo e de todo barulho, fruto das realidades que são contrárias à vontade de Deus na nossa vida. Silenciar é muito mais que não fazer barulho, é ter a coragem de retirar-se constantemente para encontrar-se com o Senhor, e aí escutar o Seu Coração.

Mulher da Palavra: A Santíssima Virgem rezava os salmos; era íntima da Palavra de Deus; prova disso é ela repetir o Cântico de Ana ao se encontrar com Isabel, cântico este lá do Antigo Testamento. Muito mais que o fato de narrar esse cântico, a prova de que a Virgem Maria é a mulher da Palavra é a sua total confiança na misericórdia e na providêcia de Deus, que regia toda a sua vida e a vida do mundo.

Mulher do serviço: Maria sobe a montanha para visitar a sua parenta Isabel; ela vai à casa da prima não tendo como prioridade tratar de serviços domésticos, mas para levar o mistério até a vida daquela que, com certeza, muitos traumas trazia pelo fato de ter sido estéril por muitos anos – fato tido como sinal de maldição.
O mistério em Maria, que é o próprio Deus, a leva até a prima, para que esta possa ser curada. Isto nos diz que devemos ser, efetivamente, portadores e condutores do mistério, que é Deus, para as pessoas, pois Ele se encontra em nós, dentro de nós, desde o momento do nosso batismo.

Mulher da obediência: Maria só tinha olhos para a vontade de Deus, para obedecer ao Todo-poderoso nas circunstâncias ordinárias da vida; é ela quem diz a cada um de nós – única frase de Maria na Sagrada Escritura, de forma direta: “Fazei tudo o que Ele vos disser.”
Maria é aquela que pode, verdadeiramente, nos ajudar a encher as talhas da nossa vida. Esta água viva é o Espírito Santo, o esposo de Nossa Senhora. Quando o Espírito Santo percebe uma alma tomada de amor e da presença de Maria - a Sua esposa - o Espírito vem e realiza maravilhas nesta alma, pois Ele não pode ficar separado da Sua esposa. As maravilhas que o Espírito realiza em nós, nada mais é do que encher as talhas da nossa vida para que Cristo nos transforme neste vinho novo.

Viver esta festa de Nossa Senhora Aparecida, ser devoto de Maria por excelência é obedecer a Deus e fazer com que Ele seja o Senhor, verdadeiramente, da nossa vida.

Shalom!
Viva Nossa Senhora Aparecida!!!!










sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O mito da Caverna

Este mito foi escrito pelo filósofo Platão e o artista cartunista Mauricio de Souza de forma criativa reproduziu em quadrinhos esta historia.
É um mito antigo que se faz atual.

Apreciem e reflitam...



















E VOCÊ SE PARECE COM QUEM?
COM O PITECO OU OS VELHINHOS??? 

Para Não Ser Um Mais do Mesmo



 

O capitalismo trouxe consigo a massificação e graças a mídia o fenômeno generalisou-se. Hoje todos se vestem em iguais, aspiram os mesmo sonhos, tem rotinas similares. É uma espécie de ditadura disseminada e mantida a cada comercial, a cada novo lançamento, estação, tendência, enfim.


O mundo que prega a liberdade, o livrar-se do domínio do mítico vê-se ao mesmo tempo preso às suas normas e ao miticismo. Pretendem destruir os pilares cristãos que ainda mantém soerguida uma sociedade que rebela-se contra si mesmo. No entanto não oferecem uma resposta plausível ao anseio de paz e liberdade prenhes no coração do homem.


A mulher inspirada nos ideais femininos busca sua autonomia e independência. Alguns anos de luta e celebra altiva as conquistas. Mas que vitória? Existe de fato o crescimento em alguns aspectos, no entanto, a mulher buscou sua liberdade imitando o homem, fazendo coisas que lhe são peculiares, consequentemente perde sua identidade, deixa de lado sua grande contribuição à humanidade.


Os maus hábitos, a anuência aos maus costumes, às tendências da hora tornaram-se comuns, espalham-se como o bem a seguir. O resultado é o que vemos, a estrutura familiar desconfigurada, jovens vazios, crianças acuadas a perderem sua doçura e candura.

O desafio para quem não quer ser um mais do mesmo é árdua, uma luta contra gigantes. Mas é possível. E quando não somos um mais do mesmo, apresentamos pensamentos diferentes, uma esperança a mais outras pessoas são iluminadas e buscam livrar-se da escuridão a exemplo daquelas do mito da caverna, do filósofo Platão.


Texto de Vandelucio Souza

Mãe do Brasil - Dilma e Aborto


Por: Vanderlúcio Souza
blog: O Ancoradouro


A candidata Dilma Rousseff continua a sustentar a tese do aborto como caso de saúde pública. Seu partido, o PT, tem posicionamento claro a respeito do assunto e o parlamentar petista que venha a discordar da descriminalização do aborto é punido com expulsão da silga.

No debate promovido pela CNBB (Conferência nacional dos bispos do Brasil) o candidato José Serra foi enfático em sua decisão. “Sou totalmente contra o aborto”, afirmou. A evangélica Marina Silva defende um plebiscito no qual sejam os brasileiros a decidir sobre o assunto e Dilma meneia entre sua opinião pessoal (a favor) e uma imagem – envernizada – de cristã, contra mais nem tanto, para agradar os eleitores evangélicos e católicos.

E por que Dilma não se posiciona claramente a favor da descriminalização já quem o seu partido tem o tema como questão fechada? Por que a candidata petista em uma carta aberta ao povo de Deus disse que deixaria o tema a cargo do legislativo? Simplesmente pelo fato da maioria dos brasileiros serem contra o aborto. No período das eleições põe panos mornos a espera do resultado das urnas para após da continuidade à ideologia perniciosa de seu partido.

Mas os eleitores estão esclarecidos e graças a democratização da informação que muito se deve à internet muitos vídeos circulam na Rede explicando as reais intenções da candidata e do Partido dos Trabalhadores. Depois do sucesso do vídeo do Pr. Paschoal Piragine Jr no qual alerta sobre os riscos de votar no PT que já conta com mais de 2 milhões de acessos foi divulgado o vídeo Mãe do Brasil.

Segue o vídeo Mãe do Brasil logo abaixo.



sexta-feira, 11 de junho de 2010

Namoro, tempo de escolher e conhecer

Quando você vai comprar um sapato ou um vestido, não leva para casa o primeiro que experimenta, é claro. Você escolhe, escolhe… até gostar da cor, do modelo, do preço, e servir bem nos seus pés ou no seu corpo. Se você escolhe com tanto cuidado um simples sapato, uma calça, quanto mais cuidado você precisa ter ao “escolher” a pessoa que deve viver ao seu lado para sempre, construir uma vida a dois com você, e dando vida a novas pessoas.

Talvez você possa um dia mudar de casa, mudar de profissão, mudar de cidade, mas não acontece o mesmo no casamento. É claro que você não vai escolher a futura esposa, ou o futuro marido, como se escolhe um sapato. Já dizia o poeta que “com gente é diferente”. Mas, no fundo será também uma criteriosa escolha.

Se você escolher namorar aquela garota, só porque ela é “fácil”, pode ser que você chore depois se ela o deixar por outro. Se você escolher aquele rapaz só porque ele é um “gato”, pode ser que amanhã ele faça você chorar quando se cansar de você. O namoro é este belo tempo de saudável relacionamento entre os jovens, onde, conhecendo-se mutuamente, eles vão se descobrindo e fazendo “a grande escolha”.Já ouvi alguém dizer, erradamente, que “o casamento é um tiro no escuro”; isto é, não se sabe onde vai acertar; não se sabe se vai dar certo. Isto acontece quando não há preparação para a união definitiva, quando não se leva a sério o amor pelo outro.

A preparação para o seu casamento começa no namoro, quando você conhece o outro e verifica se há afinidade dele com você e com os seus valores. Se o seu namoro for sério, seu casamento não será um tiro no escuro, e nem uma roleta da sorte. O seu casamento vai começar num namoro. Por isso, mão brinque com ele, não faça dele apenas um passa – tempo, ou uma “gostosa” aventura; você estaria brincando com a sua vida e com a vida do outro. Só comece a namorar quando você souber “porque” vai namorar. Mais importante do que a idade para começar a namorar, 15 anos, 17 anos, 22 anos, é a sua maturidade. A idade em que você deve começar a namorar é aquela na qual você já pensa no casamento, com seriedade, mesmo que ele esteja ainda longe.

Para que você possa fazer bem uma escolha, é preciso que saiba antes o que você quer. Sem isto a escolha fica difícil. Que tipo de rapaz você quer? Que qualidades a sua namorada deve ter? O que você espera dele ou dela? Esta premissa é fundamental. Se você não sabe o que quer, acaba levando qualquer um… Os valores do seu namorado devem ser os mesmos valores seus, senão, não haverá encontro de almas. Se você é religiosa e quer viver segundo a Lei de Deus, como namorar um rapaz que não quer nada disso? É preciso ser coerente com você.

Se você tem uma boa família, seus pais se amam, seus irmãos estão juntos, então será difícil construir a vida com alguém que não tem um lar e não dá importância para o valor da família. Tenho encontrado muitos casais de namorados e de casados que vivem uma dicotomia nas suas vidas religiosas; e isto é motivo de desentendimento entre eles. Há jovens que pensam assim: “eu sou religiosa e ele não; mas, com o tempo eu o levo para Deus”. Isto não é impossível; e tenho visto acontecer. No entanto, não é fácil. E a conversão da pessoa não basta que seja aparente e superficial; há que ser profunda, para que possa satisfazer os seus anseios religiosos. Não se esqueça que a religião é um fator determinante na comunhão do casal e na educação dos filhos.

Não renuncie os seus autênticos valores na escolha do outro. Se é lícito você tentar adequar-se às exigências do outro, por outro lado, não é lícito você matar os seus valores essenciais para não perdê-lo. Não sacrifique o que você é, para conquistar alguém. Há coisas secundárias dos quais podemos abdicar, sem comprometer a estrutura básica da vida, mas há valores essenciais que não podem ser sacrificados. Já vi muitas moças cristãs aceitarem um namoro com alguém divorciado, por medo de ficarem sós. É melhor ficar só, do que violar a Lei de Deus; pois ninguém pode ser plenamente feliz se não cumpre a vontade Dele. Portanto, saiba o que você quer, e saiba conquistá-lo sem se render. Não se faça de cego, nem de surdo, e nem de desentendido.

Para que você possa chegar um dia ao altar, você terá que escolher a pessoa amada; e, para isto é fundamental conhecê-la. O namoro é o tempo de conhecer o outro. Mais por dentro do que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele “se revele”, se mostre. Cada um de nós é um mistério, desconhecido para o outro. E o namoro é o tempo de revelar (= tirar o véu) esse mistério. Cada um veio de uma família diferente, recebeu valores próprios dos pais, foi educado de maneira diferente e viveu experiências próprias, cultivando hábitos e valores distintos. Tudo isto vai ter que ser posto em comum, reciprocamente, para que cada um conheça a “história “ do outro. Há que revelar o mistério! Se você não se revelar, ele não vai conhecê-la, pois este mistério que é você, é como uma caixa bem fechada e que só tem chave por dentro. É a sua intimidade que vai ser mostrada ao outro, nos limites e na proporção que o relacionamento for aumentando e se firmando.

É claro que você não vai mostrar ao seu namorado, no primeiro dia de namoro, todos os seus defeitos. Isto será feito devagar, na medida que o amor entre ambos se fortalecer. Mas há algo muito importante nesta revelação própria de cada um ao outro: é a verdade e a autenticidade. Seja autêntico, e não minta. Seja aquilo que você é, sem disfarces e fingimentos mostre ao outro, lentamente, a sua realidade.

A mentira destrói tudo, e principalmente o relacionamento. Não tenha vergonha da sua realidade, dos seus pais, da sua casa, dos seus irmãos, etc. Se o outro não aceitar a sua realidade, e deixá-lo por causa dela, fique tranqüilo, esta pessoa não era para você, não o ama. Uma qualidade essencial do verdadeiro amor é aceitar a realidade do outro. O amor pelo outro cresce na medida que você o conhece melhor. Não se ama alguém que não se conhece.
Não fique cego diante do outro por causa do brilho da sua beleza, da sua posição social ou do seu dinheiro. Isto impediria você de conhecê-lo interiormente e verdadeiramente.

Lembre-se de uma coisa, aquilo que dizia Saint Exupéry: “o importante é invisível aos olhos”. “Só se vê bem com o coração”. São Paulo nos lembra que o que é material é terreno e passageiro, mas o que é espiritual é eterno. Tudo o que você vê e toca pode ser destruído pelo tempo, mas o que é invisível aos olhos está apegado ao ser da pessoa e nada pode destruir. Esse é o seu verdadeiro valor.

A beleza do corpo dela hoje, embora seja importante, amanhã não existirá mais quando o tempo passar, os filhos crescerem… O amor não é um ato de um momento, mas se constrói “a cada momento”. Não se pode conhecer uma pessoa “à primeira vista”, é preciso todo um relacionamento. Só o tempo poderá mostrar se um namoro deve continuar ou terminar, quando cada um poderá conhecer o interior do outro, e então, puder avaliar se há nele as exigências fundamentais que você fixou.

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por Felipe de Aquino Professor

terça-feira, 8 de junho de 2010

Schopenhauer e o Amor










Para os casais de namorados...

Já pensou se existisse uma "feira do namoro"? Você poderia escolher a mulher do tipo "A", o homem do tipo "B". Cor de cabelo, estilo de roupa, inteligência, classe social, família. Tudo isso com garantia de 3 anos. Algum defeito? Só pedir para consertar. Teria ainda a versão: "Lavou? Tá novo!"Realize seu sonho, adquira aqui seu novo amor:

Bom preço, bom negócio, compre barato seu namorado!

Esta feira livre do amor parece existir no imaginário de muitos de nós. Quem encontrou um alguém, fica resmungando:

"Será que não tinha um melhor?"

"Por que brigamos tanto?"

"Ele poderia ser daquele outro jeito!"

Quem não encontrou: "Nunca dou certo no amor",

"O que elas têm que eu não tenho?"

"Vou ficar pra titia?"

No mundo real essa feira não existe. O dinheiro pode até comprar sexo, mas não amor. Quem ama é porque escolheu amar, ou descobriu-se amante. Lembro-me de ter ouvido a reclamação de uma filha que tinha sofrido uma desilusão amorosa:

"Todo homem é igual", resmungou a filha.

"Então, por que você escolhe tanto!?", alfinetou a mãe.

Não penso que sejam verdadeiras as afirmações de que "homem é assim", "mulher é assim", "mulheres fazem isso", "homens fazem aquilo". Somos únicos, existem pessoas de todo jeito. Não concordo com essas generalizações, ainda que venham assinadas por doutores ou mestres. Não é difícil encontrar alguém que tenha lido um livro famoso de relacionamento, que - com panca de psicólogo - faça uma análise do próprio namoro. Sua arrogância intelectual o cega. Não enxerga que, na verdade, o que está fazendo é rotular o outro, desrespeitando sua unicidade.

Mas, e como encontrar essa pessoa que é única? Como escolher bem nosso amor? O que fazer quando nos descobrimos amantes?

Não podemos escolher o amor como numa prateleira. A feira do amor não existe. Um amor de verdade é revelado aos poucos. Quanto mais conhecemos o outro, mais nos convencemos da veracidade da nossa relação. Cada ser humano é único! Agimos e reagimos de maneira própria e a relação só conseguirá ser estável e forte se houver essa percepção.

O amor que não tem coragem de mostrar as suas fraquezas é um amor mentiroso. Só se fortalecem aqueles que, percebendo seus pontos fracos, buscam superá-los de maneira autêntica. Ninguém pode demitir-se de ser o que se é. E que a autenticidade não se confunda com mediocridade. Temos de amar o outro do jeito que ele é. Ele precisa ser autêntico e assumir tudo o que pensa e sente, mas isso não significa que não precise mudar ou evoluir exercitando-se no amor.

Quem ama deve estar disposto a mudar para se achar, para encontrar quem é o outro e quem verdadeiramente é. Aquele que exclui qualquer possibilidade de evolução e aprendizado está se condenando a mofar no calabouço das suas crenças fantasiosas sobre o que é o amor e a maneira de interpretar a relação.
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Extraído do Livro Quero um Amor de Verdade